O evento foi aberto oficialmente na manhã de sexta-feira (23/09) no Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá. Várias autoridades participaram da solenidade, entre elas: o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, o secretário de Ciência e Tecnologia de Minas, Narcio Rodrigues, os deputados federais Paulo Piau e Aelton de Freitas, o deputado estadual Bosco, o prefeito de Araxá Geová Moreira da Costa, o presidente da Embrapa Gado de Leite Duarte Vilela, o presidente da Comissão de Leite da CNA, Rodrigo Alvim e o presidente da Fepale (Federação Pan-americana do Leite) Vicente Nogueira.
De acordo com o secretário Narcio Rodrigues, a raça Girolando é uma obra genética extraordinária. "O zebu foi importado da Índia. O Holandês e outras raças taurinas vieram da Europa. Já o Girolando foi uma raça criada aqui no Brasil e, por isso, traz a identidade da nossa pecuária. Temos interesse em investir em novas tecnologias para garantir um avanço ainda maior da raça. Vários investimentos já estão sendo feitos nas instituições de pesquisa de Minas Gerais para proporcionar essa evolução", disse Narcio.
Segundo o deputado Paulo Piau, o Brasil investe pouco em ciência e tecnologia. "Enquanto a Embrapa conta com 2.240 pesquisadores, a Petrobras tem mais de cinco mil pesquisadores", ressaltou.
Os números da Embrapa Gado Leite mostram como os investimentos em melhoramento genético levam ao aumento de produção significativa. De 1989 a 2010, a produção de leite por vaca Girolando em lactação subiu 239% no período. "A produção que antes era de 1990 kg/leite por lactação saltou para 4781 kg/leite. A raça é responsável hoje por 80% da produção de leite do país", afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho. O Brasil produz cerca de 30 bilhões de litros de leite/ano. Já Duarte Vilela ressaltou que há uma grande demanda pela genética da raça Girolando o mercado internacional. "A China tem potencial para importar 50 mil matrizes por ano, pois precisa suprir sua grande demanda por lácteos", afirmou o presidente da Embrapa Gado de Leite.
O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa da Silva, falou sobre os avanços genéticos que a raça vem alcançando e os projetos de seleção genômica. "Vamos iniciar a mensuração de novas características da raça, como termotolerância e de ordenha com/sem bezerro. Para o próximo ano, vamos publicar a conclusão do seqüenciamento do genoma do Girolando, o que nos permitirá identificar marcadores específicos para características que o mercado deseja", explicou Silva. As pesquisas com o genoma estão sendo desenvolvidas em parceria com a Universidade de Guelph, do Canadá, e a USDA.
A pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins, falou sobre a formação do Banco de DNA da raça Girolando, que já conta com 1.063 amostras coletadas dos touros e de filhas dos reprodutores do Teste de Progênie da Girolando.
Os estudos com genoma bovino também foram abordados pelo professor da UNESP, José Fernando Garcia. "Com o desenvolvimento de ferramentas genômicas (especificamente os paineis de marcadores SNP de alta densidade), passa a ser possível realizar o ajuste fino dos cruzamentos e pré-determinar os tipos animais exigidos para cada sistema de produção. É necessário, entretanto, aproveitar a organização e os avanços conquistados pelo programa de melhoramento genético hoje existente no Girolando para desenvolver as pesquisas necessárias para criar testes de DNA preditivos para determinar a melhor combinação cromossômica para cada sistema", explica Garcia.
Outro assunto do dia no Congresso foi a estratégia de cruzamentos na pecuária de leite no Brasil. O consultor e ex-professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Fernando Enrique Madalena, destacou a evolução dos cruzamentos a partir da década de 70. "De 1977 a1992, a Embrapa e a FAO realizaram o projeto 'Desenvolvimento do mestiço leiteiro brasileiro' onde avaliamos vacas de elite de várias raças que pertenciam a 14 rebanhos mestiços. O projeto tinha critérios de seleção focados em produção, reprodução e adaptação", destacou Madalena.
Larissa Vieira | Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
De acordo com o secretário Narcio Rodrigues, a raça Girolando é uma obra genética extraordinária. "O zebu foi importado da Índia. O Holandês e outras raças taurinas vieram da Europa. Já o Girolando foi uma raça criada aqui no Brasil e, por isso, traz a identidade da nossa pecuária. Temos interesse em investir em novas tecnologias para garantir um avanço ainda maior da raça. Vários investimentos já estão sendo feitos nas instituições de pesquisa de Minas Gerais para proporcionar essa evolução", disse Narcio.
Segundo o deputado Paulo Piau, o Brasil investe pouco em ciência e tecnologia. "Enquanto a Embrapa conta com 2.240 pesquisadores, a Petrobras tem mais de cinco mil pesquisadores", ressaltou.
Os números da Embrapa Gado Leite mostram como os investimentos em melhoramento genético levam ao aumento de produção significativa. De 1989 a 2010, a produção de leite por vaca Girolando em lactação subiu 239% no período. "A produção que antes era de 1990 kg/leite por lactação saltou para 4781 kg/leite. A raça é responsável hoje por 80% da produção de leite do país", afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho. O Brasil produz cerca de 30 bilhões de litros de leite/ano. Já Duarte Vilela ressaltou que há uma grande demanda pela genética da raça Girolando o mercado internacional. "A China tem potencial para importar 50 mil matrizes por ano, pois precisa suprir sua grande demanda por lácteos", afirmou o presidente da Embrapa Gado de Leite.
O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa da Silva, falou sobre os avanços genéticos que a raça vem alcançando e os projetos de seleção genômica. "Vamos iniciar a mensuração de novas características da raça, como termotolerância e de ordenha com/sem bezerro. Para o próximo ano, vamos publicar a conclusão do seqüenciamento do genoma do Girolando, o que nos permitirá identificar marcadores específicos para características que o mercado deseja", explicou Silva. As pesquisas com o genoma estão sendo desenvolvidas em parceria com a Universidade de Guelph, do Canadá, e a USDA.
A pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins, falou sobre a formação do Banco de DNA da raça Girolando, que já conta com 1.063 amostras coletadas dos touros e de filhas dos reprodutores do Teste de Progênie da Girolando.
Os estudos com genoma bovino também foram abordados pelo professor da UNESP, José Fernando Garcia. "Com o desenvolvimento de ferramentas genômicas (especificamente os paineis de marcadores SNP de alta densidade), passa a ser possível realizar o ajuste fino dos cruzamentos e pré-determinar os tipos animais exigidos para cada sistema de produção. É necessário, entretanto, aproveitar a organização e os avanços conquistados pelo programa de melhoramento genético hoje existente no Girolando para desenvolver as pesquisas necessárias para criar testes de DNA preditivos para determinar a melhor combinação cromossômica para cada sistema", explica Garcia.
Outro assunto do dia no Congresso foi a estratégia de cruzamentos na pecuária de leite no Brasil. O consultor e ex-professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Fernando Enrique Madalena, destacou a evolução dos cruzamentos a partir da década de 70. "De 1977 a1992, a Embrapa e a FAO realizaram o projeto 'Desenvolvimento do mestiço leiteiro brasileiro' onde avaliamos vacas de elite de várias raças que pertenciam a 14 rebanhos mestiços. O projeto tinha critérios de seleção focados em produção, reprodução e adaptação", destacou Madalena.
Larissa Vieira | Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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